Os motores de indução trifásicos do tipo gaiola de esquilo são os mais comuns na indústria. Este nome é dado devido ao formato do seu rotor. Algumas características são interessantes ao estudo dos comandos elétricos. Basicamente os motores do tipo gaiola são compostos por dois subconjuntos: Estator: com enrolamento montado na carcaça do motor, fornecendo o campo girante e Rotor: enrolamento constituído por barras curto-circuitadas, a sua corrente é induzida pela ação do campo girante, provocando uma rotação do rotor e o fornecimento de energia mecânica ao eixo do motor.
Quando o motor é energizado, ele funciona como um transformador com o secundário em curto-circuito, portanto exige da rede elétrica uma corrente muito maior que a nominal, podendo atingir cerca de 7 vezes o valor da mesma.
As altas correntes de partida causam inconvenientes pois exigem um dimensionamento de cabos com diâmetros bem maiores do que o necessário. Além disso podem haver quedas momentâneas do fator de potência , que é monitorado pela concessionária de energia elétrica, causando multas a indústria.
As altas correntes de partida causam inconvenientes pois exigem um dimensionamento de cabos com diâmetros bem maiores do que o necessário. Além disso podem haver quedas momentâneas do fator de potência , que é monitorado pela concessionária de energia elétrica, causando multas a indústria.
Para evitar estas altas correntes na partida, existem algumas estratégias em comandos. Uma delas é alimentar o motor com 50% ou 65% da tensão nominal, é o caso da partida estrela-triângulo, que será vista neste curso. Outras estratégias são: Resistores ou indutores em série; Transformadores ou autotransformadores; Chaves série-paralelo e Chaves compensadoras, etc.
Os motores de indução podem ser comprados com 6 pontas e 12 pontas. No caso do motor de 6 pontas existem dois tipos de ligação: Triângulo: a tensão nominal é de 220 V e Estrela: a tensão nominal é de 380 V.
No caso do motor de 12 pontas, existem quatro tipos possíveis de ligação: Triângulo em paralelo: a tensão nominal é 220 V; Estrela em paralelo: a tensão nominal é 380 V; Triângulo em série: a tensão nominal é 440 V e Estrela em série: a tensão nominal é 760 V.
Nota-se que nas figuras são mostradas as quantidades de bobinas constituintes de cada motor. Assim um motor de 6 pontas tem 3 bobinas e um de 12 pontas tem 6 bobinas. Como cada bobina tem 2 pontas, a explicado o nome é explicita.
A união dos contatos segue uma determinada ordem padrão. Existe uma regra prática para fazê-lo: numera-se sempre os terminais de fora com 1, 2 e 3 e liga-se os terminais faltantes. No caso do motor de 12 pontas deve-se ainda associar o série paralelo com as bobinas correspondentes, como por exemplo. Deixa-se a cargo do aluno, a título de exercício a identificação dos terminais na ligação estrela em série.
Uma última característica importante do motor de indução a ser citada é a sua placa de identificação, que traz informações importantes, listadas a seguir:
• Ip/In: Relação entre as correntes de partida e nominal;
• Hz: Freqüência da tensão de operação do motor;
• RPM: Velocidade do motor na freqüência nominal de operação;
• V: Tensão de alimentação;
• A: Corrente requerida pelo motor em condições nominais de operação;
• F.S.: Fator de serviço, quando o fator de serviço é igual a 1,0, isto implica que o motor pode disponibilizar 100% de sua potência mecânica.
As dimensões e características de motores elétricos podem ser consultadas no catálogo disponível no link a seguir: 14_09_024 Manual de Motores.
© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/09/2015.
As dimensões e características de motores elétricos podem ser consultadas no catálogo disponível no link a seguir: 14_09_024 Manual de Motores.
© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/09/2015.
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