Quando se insere ou se retira um plugue na relativa tomada, ou durante as operações de manutenção, corremos o risco de contato elétrico direto e o operador pode ser submetido aos efeitos do arco elétrico que se produz ao estabelecer interromper a corrente na manobra sob carga.
A tomada e plugue para uso industrial possuem uma geometria tal que o arco elétrico entre pino e alvéolo se desenvolve dentro de uma câmara fechada e pode provocar para o exterior a emissão de gases ionizados com partículas incandescentes.
O efeito resulta particularmente danoso para o operador se a jusante da tomada existe um defeito de curto-circuito. A corrente de curto-circuito é interrompida pelos dispositivos de proteção (fusíveis ou disjuntores) no tempo previsto pela característica de intervenção. A energia do arco que se desenvolve depende então do tipo de proteção do circuito de alimentação da tomada. Quando as correntes de curto-circuito superam os 5 kA as manifestações do arco podem se tornar muito perigosas (expulsão violenta de gás com fenômeno explosivo).
Quando se insere ou se retira o plugue, a presença de partículas sólidas e a sujeira determinam o percurso do arco elétrico, que se pode manifestar entre o pino e o alvéolo, antes do contato galvânico, com grande perigo ao operador que nesse momento está executando a operação de conexão. O arco que se manifesta durante as operações indicadas pode ser também a causa de incêndios se a tomada estiver posta em ambientes com risco de incêndio devido à presença de substâncias inflamáveis, muito freqüentes no âmbito industrial.
Nas instalações alimentadas por uma cabina própria de transformação (instalações TN) freqüentemente ocorre que a corrente de curto-circuito, mesmo ao nível de tomadas e plugues, sejam superiores a 5 kA , então par evitar os riscos descritos acima é aconselhável efetuar a inserção e a retirada dos plugues sem tensão nos contatos.
As tomadas e plugues com interbloqueio mecânico garantem essa característica. A inserção e a retirada sem tensão podem ser asseguradas por meio de uma tomada com dispositivo de bloqueio. As figuras indicam o princípio de funcionamento do bloqueio mecânico que impede a inserção ou a retirada do plugue com os contatos sob tensão .
Inserindo o plugue, por meio da alavanca (cor vermelha) libera-se o comando do seccionador que pode ser fechado. Com o interruptor fechado, o plugue não pode ser extraído da tomada graças ao bloqueio mecânico que atua sobre um pedúnculo do plugue (parte vermelha). Para garantir o fechamento/abertura dos contatos da tomada sem tensão, é posto no interior das tomadas interbloqueadas um órgão de comando: interruptor de comando ou seccionador.
No invólucro da tomada interbloqueada é possível instalar também dispositivos de proteção (fusíveis ou disjuntores) obtendo dessa maneira uma solução compacta tanto para o comando funcional (seccionador) quanto para a proteção termo-magnética ou diferencial.
Além disso, para garantir a segurança dos operadores também em caso de manutenção, as tomadas interbloqueadas podem ser dotadas de cadeado que impede o fechamento do interruptor com o plugue inserido o que impede a retirada do plugue com o interruptor fechado.
As características técnicas e dimensões de Tomadas Industriais comerciais podem ser consultadas nos catálogos disponíveis nos links abaixo: 14_09_025 Tomadas Steck.pdf.
© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/09/2015.
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