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sexta-feira, 19 de maio de 2023

Aula Prática 32 - Partida de Motor de Rotor Bobinado com Aceleração Rotórica por Botoeira única em 24v

A construção do estator do motor de rotor bobinado é praticamente igual à do estator do motor de indução, mas os seus rotores são completamente diferentes.
Figura 01 - Rotor e estator de Motor de Rotor Bobinado
O rotor do motor de indução é um cilindro laminado, com ranhuras na superfície, no motor de indução os enrolamentos colocados nessas ranhuras é do tipo "rotor de gaiola" e no motor de rotor bobinado o rotor é enrolado da mesma maneira que o estator.
Enquanto o rotor gaiola consiste de barras de cobre, de grande seção, unidas em cada extremidade por um anel de cobre ou de bronze. Não há necessidade de isolamento entre o núcleo do rotor e as barras, porque as tensões induzidas nas barras do rotor são muito baixas. O entreferro entre o rotor e o estator é muito pequeno, para se obter a máxima intensidade de campo.
Figura 02 - Esquemas de ligação para Partida de motor com rotor 
bobinado e única botoeira em 24v com aceleração rotórica
Já o rotor bobinado é envolvido por um enrolamento isolado semelhante ao enrolamento do estator. Os enrolamentos de fase do rotor (trifásico) são trazidos para o exterior através de três anéis coletores montados sobre o eixo do motor. O enrolamento do rotor não está ligado a nenhuma fonte de alimentação. Os anéis coletores e as escovas constituem simplesmente uma forma de se ligar resistências variáveis externas, em série, com o circuito do rotor. As resistências variáveis (uma para cada anel coletor) proporcionam um meio para aumentar a resistência do rotor durante a partida, a fim de melhorar suas características de partida.
Quando o motor atinge sua velocidade normal, os enrolamentos são curto-circuitados e o funcionamento passa a ser semelhante ao de um rotor de gaiola. As resistências variáveis, também permitem controlar a corrente no rotor e a velocidade do motor.
Ligação e princípio de funcionamento
Figura 03 - Curva de corrente x velocidade
Na partida são inseridas as resistências externas em serie com os enrolamentos do rotor com o objetivo de se reduzir a corrente na partida e aumentar o torque de partida, isto é, aplica-se 100% do valor das resistências e à medida que o motor gira, lentamente, então gradativamente são reduzidos os valores das resistências, de preferência por intermédio de um reostato. Consequentemente, após a partida são curto circuitado os terminais dos anéis coletores.
Quanto maior a resistência inserida, tanto pior será a regulação em velocidade do motor. É possível, portanto, variar a velocidade de um motor de indução com rotor bobinado carregado, a qualquer velocidade abaixo da velocidade síncrona, pela adição ou pela remoção de resistência do circuito do rotor. Como resultado, a resistência de partida produz torques de partida elevados e correntes de partida reduzidas que podem também servir como meio de controlar a velocidade para aquelas abaixo da velocidade síncrona. Em contra partida as resistências inseridas reduzem o rendimento, pelo efeito joule.
Diagrama elétrico de Partida de Motor de Rotor Bobinado com unica Botoeira está disponível em : 19_10_19_Partida_de_Motor_de_Rotor_Bobinado_com_unica_botoeira_em_24v_com_Aceleração_Rotórica .
© Direitos de autor. 2016: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/08/2019

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Aula Prática 31 - Partida e Reversão de Motor de Rotor Bobinado com Aceleração Rotórica em 24v

Figura 01 - Esquemas de ligação para Partida e Reversão de motor 
com rotor bobinado em 24v com aceleração rotórica
A Partida e Reversão com aceleração rotórica só é permitida para motores com rotor bobinado, pois a corrente de partida é controlada por meio da inserção de resistores em série com as bobinas do rotor do motor.
A vantagem da utilização deste motor é que ele mantém o torque constante mesmo com a rotação reduzida, por isso é muito utilizado em pontes rolante e elevadores.
Para controlar a corrente de partida e rotação desse motor são utilizados bancos de resistores em série com os enrolamentos do rotor.
Os motores de rotor bobinado possibilitam o aumento de sua resistência rotórica através da utilização de um banco de resistência externa, conectada ao circuito rotórico, aumentando o conjugado de partida com corrente relativamente baixa.
O motor parte com os anéis coletores não curto-circuitados, e na medida em que o motor vai ganhando velocidade, o reostato deve diminuir sua resistência progressivamente até atingir o menor valor possível e então o mesmo deve ser curto-circuitado quando o motor atinge a rotação nominal.
Figura 02 - Curva de corrente x velocidade


Funcionamento está descrito abaixo nas etapas de sinalização e funcionamento: 
  1. O sinaleiro H0 sonoro vermelho pulsante indicará emergência acionado. 
  2. O sinaleiro H1 azul indica falha térmica, no disjuntor motor e/ou relé térmico.
  3. O sinaleiro H2 vermelho indica painel energizado. 
  4. Ligar Anti-HorárioAo pressionar S1 verde, o contator  K1 será energizados. 
  5. Estágio 01 - Os contatos principais de K1 são responsáveis pela alimentação da bobina do estator, o rotor inicialmente está em série com o banco de três banco de resistores totalizando 90 Ohms fazendo com que o motor gire no sentido anti-horário em baixa velocidade e sinalizando através de H3 - Amarelo 1, estágio 3 - velocidade 1 - Mínima.
  6. Estágio 02 - Os contatos auxiliares 43/44 de K1 são responsáveis pela alimentação do temporizador T1 que após decorrido o tempo ajustado, energizará o temporizador T2 e o contator  K3 eliminando um banco de resistências, o rotor estará em série com o banco de dois resistores totalizando 43 Ohms fazendo com que o motor gire em velocidade intermediária e sinalizando através de H4 Amarelo 2, estágio 2 - velocidade intermediária.
  7. Estágio 03 - Os contatos do temporizador T2, após decorrido o tempo ajustado, energizará o temporizador T3 e contator  K4 eliminando mais um banco de resistências, o rotor estará em série com um único banco de resistores de 10 Ohms fazendo com que o motor gire em velocidade maior e sinalizando através de H5 Amarelo 3, estágio 3 - velocidade maior.
  8. Máquina pronta - Sentido Anti-Horário - Os contatos do temporizador T3, após decorrido o tempo ajustado, energizará o contator  K5 eliminando o último banco de resistências, o rotor estará em curto circuito fazendo com que o motor gire em velocidade máxima e sinalizando através de H6 verde, máquina pronta sentido anti-horário.
  9. Ligar HorárioAo pressionar S2 preto, o contator  K2 será energizado, toda sequência de aceleração se repete, acendendo sequencialmente, H3 - ESTÁGIO 1, H4 - ESTÁGIO 2 e H5 - ESTÁGIO 3, após isto o motor gira em velocidade máxima e sinalizando através de H7 Branco que a máquina está Pronta sentido horário. 
  10. Desligar: Quando o motor é desligado por S0 desligará todos contatores e temporizadores, esta condição sinalizará apenas painel energizado,  através do sinaleiro H2 vermelho indica painel energizado.
  11. Emergência: Apertando-se a botoeira B0 vermelha, o sinaleiro H0 - sonoro vermelho pulsante indicará emergência acionado.
Diagrama elétrico de Partida de Motor de Rotor Bobinado está disponível em : 19_10_18_Partida_e_Reversão_de_Motor_de_Rotor_Bobinado_em_24v_com_Aceleração_Rotórica .


© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 15/10/2019

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Aula Prática 30 - Partida de Motor de Rotor Bobinado com Aceleração Rotórica em 24v

Figura 01 - Rotor e estator de Motor de Rotor Bobinado
O Motor de Indução Trifásico com rotor bobinado difere do motor de rotor em gaiola de esquilo apenas quanto ao rotor, constituído por um núcleo ferromagnético laminado sobre o qual são alojadas as espiras que constituem o enrolamento trifásico, geralmente em estrela. 
O três terminais livres de cada uma das bobinas do enrolamento trifásico são ligados a três anéis de deslizamento de escovas colocados no eixo do rotor e por meio de escovas de grafite estacionadas no estator. Esses três anéis são ligados exteriormente a um reostato de partida constituído por três resistências variáveis, ligadas também em estrela. Desse modo, os enrolamentos do rotor também ficam em circuito fechado.
Figura 02 - Controle de velocidade com reostato ajustável
A função do reostato de partida, ligado aos enrolamentos do rotor, é reduzir as correntes de partida elevadas, no caso de motores de elevada potência. A medida que o motor ganha velocidade, as resistências são, progressivamente, retiradas do circuito até ficarem curto-circuitadas (retiradas), quando o motor passa a funcionar no seu regime nominal. 
O motor de rotor bobinado também funciona com os elementos do rotor em curto-circuito (tal como o motor de rotor em gaiola de esquilo), quando atinge o seu regime nominal. 
O motor de indução de rotor bobinado substitui o de rotor em gaiola de esquilo em potências muito elevadas devido ao abaixamento da corrente de partida permitido pela configuração do rotor.
Os motores de indução de rotores bobinados são muito empregados quando se necessita de partida a tensão plena de armadura, com grande conjugado de partida e corrente de linha moderada na partida.
Por intermédio do dimensionamento, os resistores do reostato fazem o motor trabalhar com escorregamento muito maior que o convencional (> 5%), fazendo com que se consiga um conjugado de partida maior.
O Motor de Indução Trifásico pode  ser  usado  em  máquinas  que necessitam  de  controle  de rotação,  pois,  conforme  se  retira  ou  insere resistência ao rotor, sua velocidade varia. Nesta situação  deve-se  compensar  a  carga  no  motor  para  evitar  o sobreaquecimento, já que a auto-refrigeração diminui.  O valor das resistências de partida, bem como suas potências, deve ser dimensionado especificamente para cada motor conforme as necessidades de torque na partida. Na placa de identificação pode-se ver a tensão e a corrente do rotor, valores que servirão de bases para cálculos.
Figura 03 - Esquemas de ligação para Partida de motor 
com rotor bobinado em 24v com aceleração rotórica
O  comando  dos  circuitos  para  a instalação  desses  motores  deve  ser projetado para que o motor não dê partida se as resistências não estiverem na posição exata (máxima resistência), para evitar o uso incorreto.  Estes  motores  são  mais caros  que  os  de  rotor  em  curto,  e exigem  maiores  cuidados  de manutenção.  Os  inversores  de freqüência  e  os  soft-starters têm tomado o mercado deles.

Partida de motor de rotor bobinado com aceleração rotórica.

A Partida com aceleração rotórica só é permitida para motores com rotor bobinado, pois a corrente de partida é controlada por meio da inserção de resistores em série com as bobinas do rotor do motor.
Figura 04 - Curva de corrente x velocidade
A vantagem da utilização deste motor é que ele mantém o torque constante mesmo com a rotação reduzida, por isso é muito utilizado em pontes rolante e elevadores.
Para controlar a corrente de partida e rotação desse motor são utilizados bancos de resistores em série com os enrolamentos do rotor.
Os motores de rotor bobinado possibilitam o aumento de sua resistência rotórica através da utilização de um banco de resistência externa, conectada ao circuito rotórico, aumentando o conjugado de partida com corrente relativamente baixa.
O motor parte com os anéis coletores não curto-circuitados, e na medida em que o motor vai ganhando velocidade, o reostato deve diminuir sua resistência progressivamente até atingir o menor valor possível e então o mesmo deve ser curto-circuitado quando o motor atinge a rotação nominal.

Diagrama elétrico de Partida de Motor de Rotor Bobinado está disponível em : 19_10_17_Partida_de_Motor_de Rotor_Bobinado_com_Aceleração_Rotórica .


© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 15/10/2019



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Comandos Elétricos - Aula 5.25 - Partida e Reversão de motor de rotor bobinado com aceleração rotórica

Figura 01 - Esquemas de ligação para Partida e Reversão de motor 
com rotor bobinado com aceleração rotórica.
A Partida e Reversão com aceleração rotórica só é permitida para motores com rotor bobinado, pois a corrente de partida é controlada por meio da inserção de resistores em série com as bobinas do rotor do motor.
A vantagem da utilização deste motor é que ele mantém o torque constante mesmo com a rotação reduzida, por isso é muito utilizado em pontes rolante e elevadores.
Para controlar a corrente de partida e rotação desse motor são utilizados bancos de resistores em série com os enrolamentos do rotor.
Figura 02 - Curva de corrente x velocidade
Os motores de rotor bobinado possibilitam o aumento de sua resistência rotórica através da utilização de um banco de resistência externa, conectada ao circuito rotórico, aumentando o conjugado de partida com corrente relativamente baixa.
O motor parte com os anéis coletores não curto-circuitados, e na medida em que o motor vai ganhando velocidade, o reostato deve diminuir sua resistência progressivamente até atingir o menor valor possível e então o mesmo deve ser curto-circuitado quando o motor atinge a rotação nominal.


Funcionamento está descrito abaixo nas etapas de sinalização e funcionamento: 
  1. O sinaleiro H0 sonoro vermelho pulsante indicará emergência acionado. 
  2. O sinaleiro H1 azul indica falha térmica, no disjuntor motor e/ou relé térmico.
  3. O sinaleiro H2 vermelho indica painel energizado. 
  4. Ligar Anti-HorárioAo pressionar S1 verde, o contator  K1 será energizados. 
  5. Estágio 01 - Os contatos principais de K1 são responsáveis pela alimentação da bobina do estator, o rotor inicialmente está em série com o banco de três banco de resistores totalizando 90 Ohms fazendo com que o motor gire no sentido anti-horário em baixa velocidade e sinalizando através de H3 - Amarelo 1, estágio 3 - velocidade 1 - Mínima.
  6. Estágio 02 - Os contatos auxiliares 43/44 de K1 são responsáveis pela alimentação do temporizador T1 que após decorrido o tempo ajustado, energizará o temporizador T2 e o contator  K3 eliminando um banco de resistências, o rotor estará em série com o banco de dois resistores totalizando 43 Ohms fazendo com que o motor gire em velocidade intermediária e sinalizando através de H4 Amarelo 2, estágio 2 - velocidade intermediária.
  7. Estágio 03 - Os contatos do temporizador T2, após decorrido o tempo ajustado, energizará o temporizador T3 e contator  K4 eliminando mais um banco de resistências, o rotor estará em série com um único banco de resistores de 10 Ohms fazendo com que o motor gire em velocidade maior e sinalizando através de H5 Amarelo 3, estágio 3 - velocidade maior.
  8. Máquina pronta - Sentido Anti-Horário - Os contatos do temporizador T3, após decorrido o tempo ajustado, energizará o contator  K5 eliminando o último banco de resistências, o rotor estará em curto circuito fazendo com que o motor gire em velocidade máxima e sinalizando através de H6 verde, máquina pronta sentido anti-horário.
  9. Ligar HorárioAo pressionar S2 preto, o contator  K2 será energizado, toda sequência de aceleração se repete, acendendo sequencialmente, H3 - ESTÁGIO 1, H4 - ESTÁGIO 2 e H5 - ESTÁGIO 3, após isto o motor gira em velocidade máxima e sinalizando através de H7 Branco que a máquina está Pronta sentido horário. 
  10. Desligar: Quando o motor é desligado por S0 desligará todos contatores e temporizadores, esta condição sinalizará apenas painel energizado,  através do sinaleiro H2 vermelho indica painel energizado.
  11. Emergência: Apertando-se a botoeira B0 vermelha, o sinaleiro H0 - sonoro vermelho pulsante indicará emergência acionado.
Diagrama elétrico de Partida de Motor de Rotor Bobinado está disponível em : 17_10_16_Partida_e_Reversão_de Motor_de_Rotor_Bobinado_com Aceleração_Rotórica .


© Direitos de autor. 2017: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 15/10/2017

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Comandos Elétricos - Aula 5.24 - Partida de motor de rotor bobinado com aceleração rotórica

O Motor de Indução Trifásico pode  ser  usado  em  máquinas  que necessitam  de  controle  de rotação,  pois,  conforme  se  retira  ou  insere resistência ao rotor, sua velocidade varia. Nesta situação  deve-se  compensar  a  carga  no  motor  para  evitar  o sobreaquecimento, já que a auto-refrigeração diminui.  O valor das resistências de partida, bem como suas potências, deve ser dimensionado especificamente para cada motor conforme as necessidades de torque na partida. Na placa de identificação pode-se ver a tensão e a corrente do rotor, valores que servirão de bases para cálculos.
Figura 01 - Esquemas de ligação para Partida de motor 
com rotor bobinado com aceleração rotórica
O  comando  dos  circuitos  para  a instalação  desses  motores  deve  ser projetado para que o motor não dê partida se as resistências não estiverem na posição exata (máxima resistência), para evitar o uso incorreto.  Estes  motores  são  mais caros  que  os  de  rotor  em  curto,  e exigem  maiores  cuidados  de manutenção.  Os  inversores  de freqüência  e  os  soft-starters têm tomado o mercado deles.

Partida de motor de rotor bobinado com aceleração rotórica.

A Partida com aceleração rotórica só é permitida para motores com rotor bobinado, pois a corrente de partida é controlada por meio da inserção de resistores em série com as bobinas do rotor do motor.
Figura 02 - Curva de corrente x velocidade
A vantagem da utilização deste motor é que ele mantém o torque constante mesmo com a rotação reduzida, por isso é muito utilizado em pontes rolante e elevadores.
Para controlar a corrente de partida e rotação desse motor são utilizados bancos de resistores em série com os enrolamentos do rotor.
Os motores de rotor bobinado possibilitam o aumento de sua resistência rotórica através da utilização de um banco de resistência externa, conectada ao circuito rotórico, aumentando o conjugado de partida com corrente relativamente baixa.
O motor parte com os anéis coletores não curto-circuitados, e na medida em que o motor vai ganhando velocidade, o reostato deve diminuir sua resistência progressivamente até atingir o menor valor possível e então o mesmo deve ser curto-circuitado quando o motor atinge a rotação nominal.

Diagrama elétrico de Partida de Motor de Rotor Bobinado está disponível em : 16_04_23_Partida_Rotórica .


© Direitos de autor. 2016: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 05/05/2016

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Comandos Elétricos - Aula 5.23 - Partida por Botoeira de motor de rotor bobinado com aceleração rotórica

Figura 01 - Rotor e estator de Motor de Rotor Bobinado
O Motor de Indução Trifásico com rotor bobinado difere do motor de rotor em gaiola de esquilo apenas quanto ao rotor, constituído por um núcleo ferromagnético laminado sobre o qual são alojadas as espiras que constituem o enrolamento trifásico, geralmente em estrela. 
O três terminais livres de cada uma das bobinas do enrolamento trifásico são ligados a três anéis de deslizamento de escovas colocados no eixo do rotor e por meio de escovas de grafite estacionadas no estator. Esses três anéis são ligados exteriormente a um reostato de partida constituído por três resistências variáveis, ligadas também em estrela. Desse modo, os enrolamentos do rotor também ficam em circuito fechado.
Figura 02 - Controle de velocidade com reostato ajustável
A função do reostato de partida, ligado aos enrolamentos do rotor, é reduzir as correntes de partida elevadas, no caso de motores de elevada potência. A medida que o motor ganha velocidade, as resistências são, progressivamente, retiradas do circuito até ficarem curto-circuitadas (retiradas), quando o motor passa a funcionar no seu regime nominal. 
O motor de rotor bobinado também funciona com os elementos do rotor em curto-circuito (tal como o motor de rotor em gaiola de esquilo), quando atinge o seu regime nominal. 
O motor de indução de rotor bobinado substitui o de rotor em gaiola de esquilo em potências muito elevadas devido ao abaixamento da corrente de partida permitido pela configuração do rotor.
Os motores de indução de rotores bobinados são muito empregados quando se necessita de partida a tensão plena de armadura, com grande conjugado de partida e corrente de linha moderada na partida.
Figura 03 - Esquemas de ligação para Partida de motor 
com rotor bobinado com aceleração rotórica.

Por intermédio do dimensionamento, os resistores do reostato fazem o motor trabalhar com escorregamento muito maior que o convencional (> 5%), fazendo com que se consiga um conjugado de partida maior.

Diagrama elétrico de Partida de Motor de Rotor Bobinado está disponível em : 16_04_23_Partida_Rotórica_por Botoeiras .


© Direitos de autor. 2016: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 05/05/2016


quinta-feira, 7 de outubro de 2004

Aula 17 - Dispositivo de controle utilizados em comandos elétricos - Reostato

O reostato é um componente elétrico que consegue fazer uma alteração no valor da resistência em um circuito, assim é possível aumentar ou  diminuir o valor da resistência elétrica, com o intuito de se obter vários valores de corrente elétrica. Há dois tipos de reostatos, o de variação contínua e o de variação descontínua.
Reostato de variação contínua
Fiura 01 - Reostato de variação contínua
Neste tipo de reostato, é possível variar o valor resistência continuamente entre dois pontos, desde zero até um valor máximo predeterminado. Ele é basicamente constituído por um material condutor que possui um determinado comprimento e é enrolado varias vezes, onde o comprimento utilizado, influencia no valor da resistência total. Para se obter a variação desta resistência há um cursor, que quando movimentado manualmente sobre o condutor enrolado, consegue obter uma variação de sua resistência, graças a partes do condutor que não são isoladas, o que garante que o cursor ira entrar em contato com diferentes partes obtendo valores diferentes de resistência.
Há vários exemplos práticos para reostatos variáveis, desde os mais simples como a alteração do volume do rádio, a intensidade da luz em uma lâmpada, a regulação da velocidade de um ventilador e até mais potentes como a regulação da corrente de campo de um motor de corrente contínua. O tipo de reostato utilizado em equipamentos de menos potencia é o potenciômetro. E já para a regulação da corrente em motores são utilizados reostatos mais potentes, com uma robustez maior, como o mostrado na foto acima.
Reostato de variação descontínua
Figura 02 - Reostato de variação descontínua
Este tipo de reostato possui um banco de resistores com valores bem determinados, que permitem a associação de resistores em série (para aumentar o valor da resistência) ou em paralelo (para diminuir o valor da resistência).
Em motores de corrente continua o pico da corrente é bastante elevado, então para minimizar o pico desta corrente é utilizado este componente como reostato de partida para que o motor seja acionado gradativamente. Deste modo entrando com a resistência máxima do banco sendo retirada as resistências por etapas, o motor irá partir mais devagar porque a resistência do circuito será alta, sendo a corrente baixa, e de acordo com a diminuição da resistência a corrente ira aumentar aos poucos, assim garantindo que no primeiro passo o motor parta com uma velocidade menor e após a retirada das resistências ele irá aumentar sua velocidade, e assim diminuindo o provável pico de corrente.

© Direitos de autor. 2016: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 20/04/2016

quarta-feira, 29 de setembro de 2004

Aula 15 - Dispositivos de Sinalização utilizados em comandos elétricos


Um sinal visual deve ser projetado de tal forma que qualquer um que o veja possa reconhecê-lo e seja capaz de reagir imediatamente a ele. A norma EN60073 (IEC 60073: 2002) define os princípios de codificação para indicadores e atuadores.
De acordo com EN 60073 (IEC 60073: 2002) cores
e formas internacionalmente usadas e reconhecidas
podem ser resumidas como no quadro acima.
A cor e o piscar são os meios mais eficazes de atrair atenção e, portanto, precisam ser aplicados de maneira consistente; cores para prioridade e piscando para atrair a atenção. Quando dois níveis de atenção são necessários, duas velocidades de flash podem ser usadas; normal para o sinal de prioridade mais alta (84-168 flashes por minuto) e lento para a prioridade mais baixa (24-48 flashes por minuto). Normalmente, a velocidade normal deve ser quatro vezes mais rápida que a velocidade lenta.
As cores Vermelho / Laranja / Verde são a mais usadas de sinalização visual e a maioria das pessoas podem reconhecer e compreender a função de cada cor. As cores Azul e Branco fornecem níveis adicionais de indicação.
Também a padronização da posição de cada cor é vital. Vermelho deve estar sempre em a parte superior, no meio Laranja e verde na parte inferior. Isso ocorre porque, em alguns casos, uma pessoa pode não ser capaz de discernir a cor, mas saberá, pela posição da luz, o que sinaliza. As cores também devem contrastar com outras cores na mesma área para torná-las distinguíveis, novamente, para que possam ser compreendidas imediatamente.
Portanto os dispositivos de Sinalização que são componentes utilizados para indicar o estado em que se encontra um painel de comando ou processo automatizado. As informações mais comuns fornecidas através destes dispositivos são: ligado, desligado, falha e emergência.
Os Dispositivos de Sinalização podem ser do tipo Visual ou Sonoro. Os indicadores visuais fornecem sinais luminosos indicativos de estado, emergência e falha. São os mais utilizados devido à simplicidade, eficiência (na indicação) e baixo custo. São fornecidos por lâmpadas ou LEDs.
As cores indicadas são:  Vermelho  fixo - Máquina operando energizada - Perigo. São reservadas para indicações  o estado de alimentação elétrica geral ou equipamento ligado.
A cor  Verde  - Máquina pronta para Operar - desligada. É a cor usada para caracterizar “segurança” e é utilizada para indicar máquinas em estado seguro, ou desligada.

Vermelho Piscante ou Alaranjada  - é a cor empregada para indicar “falha”. São reservadas para indicações  estado crítico ou falha.

A cor Amarela indica situação importante, porém sem perigo, bem como alarme de nível baixo, ou máquina aguardando.
Branco - Máquina em movimento.
A cor Azul  - Comando remoto ou preparação de Máquina.
Os símbolos elétricos e cores utilizadas em um indicador luminoso estão representadas ao lado.
Os indicadores acústicos fornecem sinais audíveis indicativos de estado, falha e emergência. São as sirenes e buzinas elétricas. Utilizados em locais de difícil visualização (para indicadores luminosos) e quando se deseja atingir um grande número de pessoas em diferentes locais.
Outras cores são definidas pelo projetista, ou conforme a padronização que cada empresa adota para indicações.
Folha de dados de sinalizadores disponível  no link: 14_08_005 Sinalizadores L20_TPN .
Um breve resumo da IEC60073 pode ser consultado no link: 18_04_03 IEC60073_-_Coding_Principles_of_Beacons_and_Indicators .


© Direitos de autor. 2017: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 20/04/2017